Publicado em 22/02/2021 - geral - Da Redação
Em 2020, o Instituto
Mineiro de Gestão das Águas (Igam) alcançou uma redução de 70% do passivo de
outorgas acumulado desde 2018, quando os processos fora do prazo somavam 20,8
mil em dezembro daquele ano. Com a conclusão de mais de 14 mil processos, restam,
atualmente, 6.848 pedidos para análise do órgão ambiental e a previsão do
Instituto é chegar ao fim de 2021 com cerca de 1,7 mil processos pendentes. Com
esse resultado, o Estado alcançará redução de aproximadamente 90% do passivo.
Desde que reassumiu a gestão de outorgas pelo
uso da água em Minas, em maio de 2018, o Igam passou a implementar uma série de
ações com o objetivo de otimizar os procedimentos de análise por meio de
capacitações, revisões normativas, inovações tecnológicas e padronização de processos,
cumprindo as determinações estabelecidas pela Política Estadual de Recursos
Hídricos.
Entre as mudanças promovidas pelo Instituto,
está a publicação da Portaria Igam nº 48, em outubro de 2019, que
regulamenta os processos de outorga digital no Estado. Com a norma, todo o
trâmite para solicitar autorizações de uso da água para fins diversos passou a
ser feito pelo Sistema
Eletrônico de Informações (SEI), dispensando a necessidade de apresentação
presencial de documentos para formalização das solicitações e garantindo maior
celeridade e rigor técnico às análises realizadas.
A padronização de processos estabeleceu
também novos paradigmas de desempenho com relação às outorgas emitidas em Minas
Gerais. Em setembro de 2020, o Igam publicou uma Instrução de Serviço estabelecendo os
procedimentos pra regularização dos usos dos recursos hídricos e outorgas
coletivas, com definição de fluxograma de processos e regras específicas a
serem adotadas em todas as noves Unidades Regionais de Gestão das Águas (Urgas)
existentes no Estado.
PRODUTIVIDADE
O ganho de eficiência resultou em aumento de
produtividade de 309% na análise dos processos. Sem perda de qualidade técnica,
o Instituto teve um salto de capacidade de análise de 345 processos por mês, em
2018, para os atuais 1.415 requerimentos de outorga analisados mensalmente. O
órgão registra atualmente a entrada de cerca de mil novas solicitações de
outorga a cada mês, garantindo uma diminuição mensal superior a 400 processos
do passivo acumulado em anos anteriores e o atendimento de 100% das novas
demandas.
Para o diretor-geral do Igam, Marcelo da
Fonseca, o bom desempenho alcançado pelo órgão é resultado de um esforço
coletivo do Governo de Minas, que vem investindo na modernização de processos e
desburocratização dos serviços oferecidos ao cidadão. “Mantemos como meta a
finalização do passivo de outorgas até o final de 2022 e a redução de tempo
médio de análise dos processos, mas buscamos sempre antecipar o atingimento de
tais objetivos”, garantiu.
ASCOM