Publicado em 14/08/2019 - geral - Da Redação
Evento
realizado em Araxá premiou mineiros nas categorias super ouro, ouro, prata e
bronze
Minas Gerais provou mais uma vez que o
queijo produzido no estado é um dos melhores do mundo. Produtores mineiros
foram premiados nas categorias super ouro, ouro, prata e bronze no Mundial do
Queijo do Brasil, realizado entre os dias 8 e 11 de agosto, em Araxá, região do
Alta Paranaíba de Minas Gerais.
Muitos dos produtores vencedores são assistidos pelo Governo de Minas
Gerais, por meio de programas coordenados pela Secretaria de Estado de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e executados pela Empresa de
Assistência Técnica de Minas Gerias (Emater-MG), Instituto Mineiro de
Agropecuária (IMA) e Empresa de Pesquisa Agropecuária (Epamig).
O Mundial do Queijo do Brasil foi realizado pela SerTãoBras e
contou com o apoio do Governo de Minas, por meio do Sistema Seapa (Emater-MG,
IMA e Epamig). Dos 955 queijos avaliados, 239 foram premiados. Foram 20 super
ouros, 35 ouros, 72 pratas e 112 bronzes. O concurso reuniu 93 jurados de
várias partes do mundo. Os queijos foram separados em 60 mesas, de acordo com a
categoria de fabricação. Em cada mesa, 20 queijos foram apresentados e
avaliados por três jurados. Eles analisaram aparência externa e interna, aroma,
textura e sabor. Foram contempladas todas as famílias tecnológicas de
fabricação: massa mole de casca florida, massa mole de casca lavada, massa
prensada crua, massa prensada cozida, queijos azuis, massas filadas, dentre
outras.
Os produtores mineiros ficaram com quase 70% dos prêmios, totalizando 163
produtos. Desse total, 75 produtores são assistidos pelo Sistema Seapa.
Campeões
Arnaldo Ribeiro Pinto, do município de Delfinópolis, Sul de Minas, foi um
dos vencedores. O queijo dele, que pertence à região produtora Canastra, foi
premiado na categoria ouro, com maturação de 25 dias. O curioso é que
Arnaldo não pretendia participar. “Eu não estava pensando em entrar no
concurso. Fui entregar os queijos de uma amiga produtora inscrita e acabei
resolvendo participar em cima da hora. É um atestado internacional de qualidade
do nosso queijo. É muito significativo saber que estamos no caminho certo,
apesar das dificuldades do dia a dia”, afirmou.
Em junho de 2019, o produtor também foi premiado na categoria super
ouro na quarta edição do Mondial du Fromage, em Tours, na França. Arnaldo
produz queijos há quatro anos. São 35 peças por dia, comercializadas em
Delfinópolis e São Paulo. O produto é registrado junto ao Instituto Mineiro de
Agropecuária (IMA). O produtor, que recebe assistência técnica da Emater-MG,
recebeu das mãos do governador o Selo Arte. Regulamentado pelo governo federal,
no mês passado, o Selo Arte viabiliza a comercialização interestadual dos
produtos artesanais de origem animal.
O casal Richard e Maria Cristina Santos, do município de Datas,
região Central, produz queijo há dez anos e recebe orientação técnica da
Emater-MG. Eles fabricam as variedades de queijo mole de casca lavada e casca
florida. Os produtores foram premiados na categoria super ouro com o queijo de
casca florida maturação de 120 dias. “É muita emoção. Além da qualidade do
queijo, a gente busca a segurança alimentar de quem está consumindo. Há cerca
de dez anos, a gente tem um rebanho completamente livre de brucelose e
tuberculose. Queremos que as pessoas consumam com tranquilidade”, disse
Richard. Em junho deste ano, o casal foi premiado na categoria bronze do
Mondial du Fromage, em Tours, na França.
Os irmãos Luiz Sérgio e Carlos Medeiros também receberam prêmios no
Mundial do Queijo do Brasil. A propriedade deles fica em Cruzília, Sul de
Minas. Eles foram premiados com dois super ouros e dois ouros. Os irmãos já
participaram e venceram diversos concursos promovidos pelo Instituto de
Laticínios de Cândido Tostes (ILCT), vinculado à Epamig. Segundo Carlos, o
aprendizado foi importante para a produção. “Vários dos produtos que
desenvolvemos para os concursos do instituto foram para o mercado depois”, diz
Medeiros.
“O Sistema Seapa desenvolve diversas ações destinadas à regulamentação
das queijarias, oferece orientação técnica sobre boas práticas agropecuárias -
como o controle sanitário, alimentação do rebanho, higiene na ordenha,
qualidade do leite, adequação das queijarias, dos currais, processamento do
queijo e boas práticas de produção. Isso tudo vai impactar positivamente na
qualidade dos produtos”, pontua a coordenadora técnica estadual da Emater-MG,
Maria Edinice Rodrigues.
Mais informações: Mundial de Queijo do Brasil
Ascom Emater-MG
Jornalista: Sebastião Avelar