Publicado em 16/08/2019 - vitor-hugo - Da Redação
A partir de dezenas de milhares de anos, nós seres humanos conquistamos a posição de espécie dominante sobre o planeta. Desde que as primeiras comunidades se formaram na Mesopotâmia há cerca de onze mil anos, um espaço de tempo muito curto se levarmos em conta os quatrocentos milhões de anos da suposta evolução biológica . Assim chegamos aos tempos atuais que retratam muito bem a maneira descuidada e degradante de exploração dos recursos naturais, mesmo sendo mantidos debaixo de severas leis e vigilância constante, quando deveriam ser protegidos e venerados por todos , agradecidos por esta dádiva Divina que é a vida, desde a bactéria até o maior animal que é a baleia. Em pleno século XXl , somos capazes de atear fogo nas campinas ,no cerrado ,nas florestas dizimando centenas de vidas ,abelhas , pássaros , animais, gerando impactos socioambientais globais de grandes dimensões e complexidades como a emissão de gases de efeito estufa , mudanças climáticas e poluição dos oceanos. Hipócrates, o pai da medicina, que viveu há 400 anos antes da vinda de Cristo já preconizava que as agressões ambientais eram as causas das doenças epidêmicas, e ainda hoje, passados 2.400 anos ...estamos ai correndo atraz de vacinas... O destino comum conclama a humanidade a assumir urgentemente uma nova postura diante do que resta dos recursos naturais do planeta ,antes que seja tarde demais. Nós que somos técnicos agrícolas, estudamos e temos responsabilidade pela indicação dos produtos químicos que o pequeno agricultor ou a grande empresa do agronegócio vai aplicar em sua lavoura seja em grandes áreas, sítios, chácaras ou no fundo do quintal, seja na lavoura de feijão, milho, sorgo, arroz, batata, café, verduras legumes ou frutíferas, temos que estar sempre aprimorando nossos conhecimentos, temos que estudar , porque a indústria química é voraz e muito dinâmica ...,como estamos vendo só este ano já foram autorizados 270 novos agrotóxicos tem produto que foi banido em todo mundo ,destinados direta ou indiretamente a ir para o nosso prato, rico, pobre, jovens, velhos e crianças, não é possível saber se o produto tem resíduos tóxicos ou não , quem vai dizer isto é o nosso fígado, rins ,pâncreas ,coração, pulmão e tudo mais, se der tempo de avisar .... E o agricultor não é totalmente culpado, ele tem que produzir e obter seu lucro, porque já esta envolvido no sistema, onde o preço dos insumos, incluindo agrotóxicos abocanham quase todo o seu lucro, e quanto mais usa ...mais vai ter que usar. A cafeicultura esta agora enfrentando as consequências desta descapitalização que já se arrasta por quase três décadas por falta de uma politica mais condizente com a grandeza socioeconômica que a cultura representa para a região sul de Minas .A única saída que enxergamos é uma mudança efetiva na maneira de ser e agir respeitando as leis naturais ,que são as leis de Deus. Repetimos: Não há necessidade de usar agrotóxicos para produzir, tecnologia avançada, variedades selecionadas ,lavouras bem tratadas e racionalmente bem nutridas, se necessário...irrigadas com sabedoria, nada têm a ver com agrotóxicos. Um dia destes, na feira, uma senhora nos perguntou: como acabar com os bichos da goiaba...? Respondemos que : goiaba que tem bichos ...não tem venenos !!!...Faça uma limpeza no terreno retirando as goiabas caídas no chão , monte armadilhas para capturar as moscas que dão origens aos bichos , ou ensaque as frutas , cuide da goiabeira , enriqueça o solo faça as devidas podas ...em cada três goiabas colhidas, deixe uma para os bichos, mas, em nome da natureza : não envenene... não mate....não morra !!!
(VITOR HUGO )