Publicado em 09/02/2021 - ponto-de-vista - Da Redação
Eu
quero estar junto a ti. Quando o carnaval chegar, eu quero reviver outros
carnavais. Lembro-me de vários e de muitos acontecimentos bons e ruins, de
pessoas, de amigos e amigas. Eu não gosto de Carnaval em si, nunca gostei, mas
havia coisas boas de ver, como os desfiles das Escolas de Samba da primeira
divisão grupo especial, atração à parte. A competição, a apuração dos quesitos,
a empolgação da aclamação “DEZ”! A bateria da Mocidade Independente de Padre
Miguel. Os blocos carnavalescos de todos os estados brasileiros: A Banda de
Ipanema; do Cacique de Ramos (Fundo de Quintal de todos os “Biras” – Bira
Presidente, Ubirany, Ubiracy, e dona Conceição, e senhor Domingos); da Banda
Mole, de Belo Horizonte, e sua irreverência. Era bom ... ‘Quando o carnaval
chegar’. Hoje, a – pandemia – destruiu os sonhos da rapaziada e daqueles
operários do samba que batalhavam o ano inteiro, atrás da doce ilusão da
espera: ‘Quando o Carnaval Chegar’. Parece que foi um rio que passou em nossas
vidas. Agora, é cinza e não é na quarta-feira. Quando o Carnaval Chegar, eu vou
continuar seguindo o protocolo por conta do Coronavírus: isolamento social em
tempos de pandemia. Todos nós vivemos uma modificação significativa em nossas
vidas. O mundo mudou drasticamente em um piscar de olhos. Um simples flerte, ou
ir à escola, ou ao trabalho, práticas do dia a dia que nós, muitas vezes, não
valorizávamos, por serem comuns e habituais, tornaram-se objeto de conquista da
maioria dos seres humanos. Não é fácil mudar quem somos, por isso, “Quando o
Carnaval Chegar”...
Fernando
de Miranda Jorge – Acadêmico Correspondente da APC
Jacuí/MG
– e-mail: [email protected]