Publicado em 01/04/2021 - politica - Da Redação
"Estamos em guerra. Não
há mais como distinguir o domingo da segunda-feira. A saúde precisa de
respostas urgentes"
O deputado estadual Cássio Soares, líder do Bloco “Minas São
Muitas” e relator da Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI dos Fura-filas,
questionou os serviços públicos que estão fechados aos finais de semana e que
são essenciais para a manutenção da vida humana neste período de pandemia, que
já levou a óbito mais de 314 mil pessoas no país e mais de 23 mil em Minas
Gerais. O questionamento foi feito pelo deputado durante a Reunião
Extraordinária da CPI na manhã desta terça-feira, 30 de março, na Assembleia
Legislativa de Minas Gerais.
No decorrer da reunião da CPI dos Fura-filas, que investiga
possível irregularidade na vacinação de servidores da Secretaria de Saúde e o
baixo investimento no setor durante a pandemia, o deputado Cássio Soares
relatou uma situação que aconteceu no último fim de semana, quando teve que
acionar a Secretaria de Estado da Saúde (SES), após receber pedidos de insumos
necessários para sedação de pacientes intubados nos hospitais do interior do
Estado.
“No domingo, ao pedir socorro aos hospitais do interior,
que já estavam sem kits para intubação, ouvimos do assessor da Secretaria que
havia medicamentos disponíveis no almoxarifado, mas não tinha nenhum servidor
no local para liberar os remédios e teríamos que aguardar a segunda-feira.
Agora não é momento de diferenciar domingo de segunda, é hora de todos
trabalharem para dar respostas à população”, afirmou o deputado, salientando
que o assessor da SES também estava surpreso com a situação.
Guerra
Cássio Soares comparou o enfrentamento à pandemia com uma guerra,
em que pessoas estão morrendo por falta de atendimento, por falta de estrutura
mínima. “E nós exigimos do Governo do Estado e da Secretaria Estadual de Saúde
respostas eficientes e resultados”, ressaltou durante a fala na CPI.
Outra medida apontada pelo deputado como necessária nesse momento é o atendimento às pessoas que ficaram desempregadas diante das medidas impostas pelo enfrentamento à pandemia, como o fechamento do comércio. “As ações são legítimas pela preocupação com a vida, mas o governo também tem por obrigação se preocupar com o trabalhador, com aquela pessoa que está sem condições de colocar o alimento na mesa”, enfatizou.
ASCOM