Publicado em 12/07/2018 - geral - Da Redação
Hoje, ciente de que a maior causa de mortes no Brasil deve -se a erro medico e não a nenhum tipo de doença, segundo pesquisa realizada pela UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais e pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), teria sido mais enérgica na minha decisão de não assinar a autorização da cirurgia, num dos melhores hospitais do mundo, declara Carina Palatink.
A vida de Carina Palatinik mudou radicalmentehá 2 anos, após ser levada às pressas para uma cirurgia, feita contra a sua vontade, em que virou mais uma vítima de erro médico. A gestora da área da saúde lutou por seus direitos e conseguiu que o centro médico rescindisse o contrato com o profissional, além de afastá-lo de todos os conselhos dos quais fazia parte naquela época.
Ela
relata que tinha comido em um restaurante japonês no dia anterior e teve uma gastroenterite
bem séria. Procurei um hospital de primeira linha em São Paulo, por volta das
18h, com febre, diarreia e vômito. Fiz todos os exames possíveis e já havia
sido medicada quando apareceu um médico e disse que eu precisaria retirar a
vesícula, em uma cirurgia de emergência. Já passava das 4h da manhã, estava
exausta sem me alimentar, com febre.... nunca tinha tido nenhum problema
digestivo , nunca tinha tido dor alguma ou sintoma de problemas relacionados a
vesícula e além disso , 2 meses antes havia feito um check up , inclusive com
exames de imagem de abdomem total , indicando minha saúde perfeita... e obvio
nada na vesícula!! Era uma loucura, e recusei a assinar o termo de autorização
da cirurgia. Afinal, eu não sou médica, mas trabalho há muitos anos com gestão
da saúde, então, tinha uma noção de que aquilo não fazia nenhum sentido.
Além
disso, já tinha conhecido médicos que agem de má fé por ganancia, que tiram
órgãos, fazem implantes que não precisam sem feitos , só para ganhar dinheiro.
Mas esse médico agiu de muita má-fé e, ao perceber a minha reação, chamou minha
familia para conversar a sós e disse que, se eu não operasse, eu morreria.
Evidentemente que eles ficaram desesperados e, então, assinaram a autorização
como responsável pela intervenção.
Fui
para o centro cirúrgico a contragosto. Fiz a operação na mesma hora e, claro,
fiquei com muitas sequelas. Afinal, eu estava com uma infecção intestinal, não
podiam jamais ter aberto o meu corpo naquelas condições. Tive uma septicemia,
uma espécie de infecção generalizada, fiquei 15 dias internada, fui para a UTI,
tomei vários antibióticos diferentes para tentar controlar o quadro, pois não
parava de evacuar sangue. Depois, foram vários anti-inflamatórios. Por mais de
um ano seguido eu recebi uma série de remédios que só tratavam os meus
sintomas, sem conseguir me recuperar totalmente. Hoje, sofro de uma síndrome e
que os médicos dizem que não tem cura, chamada Síndrome do Intestino Permeável.
Hoje através da minhas pesquisas sei que consigo cura-la , mas essa área da
medicina que reconhece a microbiota intestinal como um novo órgão é muito nova
e os médicos que atuam hoje desconhecem o assunto.
Hoje
tenho alergia a praticamente tudo, glúten, derivados do leite, não posso beber
álcool, café, refrigerante, nem comer frituras, açúcares ou adoçantes, comidas
temperadas... Ou seja, tenho uma dieta muito, muito restrita. Vou a
restaurantes e festas e as vezes janto antes, para ter uma ideia da dificuldade
que tenho para me alimentar. E, antes, levava uma vida normal em relação a
isso, sem problema algum.
Também
comecei a apresentar problemas nas articulações, provavelmente por conta do
excesso de antibióticos e medicamentos ingeridos
Fiquei
um ano tentando me tratar passei pelos melhores médicos especialistas e nenhum
resolvia minhas questões, apenas me medicavam para os sintomas com medicamentos
com mais efeitos colaterais que pioravam mais ainda meu quadro.
Só
comecei a melhorar quando fazendo minhas pesquisas resolvi parar de tomar
aquele monte de medicamentos receitados que só contribuíam com mais sintomas
colaterais, e estou fazendo uma terapia holística que eu mesma fui elaborando
aos poucos através das minhas pesquisas, com produtos naturais, homeopatias,
algo que trate as causas e não mais os sintomas das minhas complicações. Já
evolui bastante e sem nenhum remédio.
Em
paralelo, está correndo o processo criminal contra o médico que foi o
responsável por tudo isso, uma ação criminal. Por ter conhecimento da área
médica, a primeira coisa que eu fiz, após sair da cirurgia, foi pedir para
ficar com o meu órgão, pois é um direito do paciente. Mandei para dois
laboratórios diferentes que já havia trabalhado e confiava, fazerem a
anatomopatologia e, realmente, não encontraram nada, nenhum indício de que precisava
retirar.
Essa
evidência já foi o suficiente para o hospital rescindir o contrato com o médico
imediatamente e afastá-lo de todos os conselhos dos quais fazia parte naquela
época, há cerca de dois anos. Por conta da minha intervenção, fiz várias reuniões
com a alta direção do hospital e mudaram o procedimento operacional
padrão, passando a não mais aceitar a assinatura de familiares dos
pacientes para a realização de nenhum procedimento, sem o consentimento formal
do doente, caso esteja consciente.
“Mas ainda não atingi o meu principal
objetivo: quero que esse médico nunca mais exerça a medicina e que não
prejudique outras pessoas como prejudicou a mim e a outras pessoas que conheço
e que me deram seus relatos e, se necessário, serão minhas testemunhas no
processo. “
Hoje
mantenho um blog e um canal no Youtube, ambos com o meu nome. Lá, ajudo outras
pessoas que passaram pelas mesmas situações que eu, como erros médicos, e dou
dicas para quem tem sequelas como as que eu tive.
Hoje,
eu defendo que as pessoas precisam se informar muito bem antes de autorizar
qualquer tipo de cirurgia e, além disso, denunciar quando ocorre qualquer erro.
É um direito delas.
Quando isso acontecer essa estatística de que torna o erro medico o maior numero de óbitos no Brasil , ficara ainda mais aterrorizante.
CLOZEL COMUNICAÇÃO